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Archive for janeiro \24\+00:00 2009

Pieces

Essa minha aparente força é exatamente isso: aparência.
Não tenho tido muito sucesso em te extrair do meu pensamento, das minhas lembranças. Não consigo abandonar a memória do que fomos. Recordo as datas, os motivos, as fragrâncias, os sons, os detalhes – os menores. E o que devia estar-se esvaindo parece estar crescendo e crescendo, e sua imagem aparece cada vez mais clara e me confunde cada vez mais. E ainda me pego fazendo planos, as 3 da manhã, do que seria nossa vida, esperando que o verbo volte a ser conjugado no presente, penso em alternativas, ainda que pareçam absurdas. Penso no quão incomum foi nosso encontro, no quão doloroso foi nosso desencontro. Sinto uma tristeza imensa ao pensar na possibilidade de não mais nos encontramos, de saber que nossas almas se encontraram, se reconheceram e se perderam. E me pergunto se foi em vão, ou se essas sobras, resultado da minha sóbria incompetência, realmente valem mais do que uma vida inteira sem sentir o que você, com tanta pureza, despertou em mim.

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ano novo péssimo. digo, a virada. só pensava numa frase perto da meia noite: “todo mundo tem o direito de ser estúpido, mas alguns abusam desse privilégio”. decidi ceder e ir porque sempre que alguém precisa ceder, quem se fode sou eu mesmo. então fui.

amargo arrependimento.

eu tava sem saco, sem vontade de sorrir, sem intenção de ser simpática, com uma super vontade da minha casa, da minha cama, da minha companhia apenas. odeio estragar programas, ser má companhia, mas nem com todo esforço eu consegui. e eu JURO que sou esforçadíssima. adoro falar bobagem aos montes, mas existem coisas que não têm mais graça desde os 14 anos. não consigo mais. e amigos de amigos com graça é bem bacana. sem ela, é insuportável. agravante: muitos cigarros e muitas cervejas. tudo contra cigarros, ainda mais quando perto de mim. praia lotada, crianças correndo, areia sendo jogada pra tudo que é lado, o cheiro dos cigarros e um cruzeiro no meio do mar, me fazendo morrer de inveja. uma vontade incontrolável de chorar – não pelos fogos, que estavam bem bonitos mas pareciam indiferentes comparados ao meu bad mood. das 23h. à 1:30h. as 2 horas e meia mais demoradas dos meus 23 anos. eu tinha 3 boas companhias e não queria prejudicá-las com a minha total não-animação. não achava justo. pra evitar futuros problemas, já me prometi uma super sessão de pancadas por alguém bem forte e violento, caso algum dia eu aceite novamente sair do meu lar doce lar no reveillon.
passou, enfim.

dias contentes, sorridentes e cheios de paciência pra todos em 2009!

“Talvez este mundo seja o inferno de outro planeta.”

– by the way, título de Clarice. preciso parar de ler Clarice. ou começar a ter overdoses.

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